UMA ANÁLISE DOS FATOS COTIDIANOS RELACIONADOS AO FINAL DOS TEMPOS, MEDIANTE A PALAVRA DO DEUS VIVO E TEMAS ATUAIS QUE APONTAM O FIM DOS TEMPOS.
- (Diác. >> Marcus Arueira - RJ - BRASIL)
Texto " Buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça e as demais coisas lhes serão acrescentadas
Quem anda com gente acaba se
esbarrando e tem que pedir desculpa. Tem que perdoar. Quanto mais perto
andamos uns dos outros, maior a possibilidade de esbarrar, de ferir e
de magoar, portanto o perdão é moeda imprescindível no mercado do
casamento, sem a qual a falência do relacionamento quebrará os laços uma
vez jurados.
A teoria é simples:
– para quem feriu: se acontecer de ferir o outro, peça perdão,
procure não repetir o que fez, aguarde com paciência o outro se
recuperar do ferimento que você mesmo causou e tudo volta ao normal.
– para quem foi ferido: facilite o perdão, procure perdoar
mesmo antes de o outro pedir perdão, verbalize que perdoa, se for o
caso, diga como doeu e perdoe.
A teoria é simples, mas é difícil. Escrever é fácil, falar é tranquilo; duro é praticar.
C.S. Lewis disse:
Todos dizem que o perdão é uma ideia maravilhosa até que elas possuam algo para perdoar. Quem fere o outro não sente a dor do golpe e tende a achar que
o ferimento foi coisa à toa. Ele pede perdão, como quem dá um pequeno
esbarrão no outro. A tendência do ofensor desligado é exigir que a
pessoa a quem ele feriu, dê um sorriso, volte a agir normalmente e lhe
dê um beijo pela sua humildade em pedir perdão. Ele quer uma recuperação
instantânea, como se a pessoa ofendida fosse um robô, que uma vez
declarada a palavra, “está bem, eu perdoo”, as dores da ofensa
desaparecessem.
Infelizmente não é assim que acontece. Gosto da ilustração de um
ferimento físico, que serve para nos ajudar a entender o que acontece na
alma. Vamos usar um homem covarde, que dá um soco no olho da esposa. O
rosto dela fica desfigurado. A visão dela se embaça, todos os que
olharem para ela saberão que houve um conflito em casa, saberão que o
marido dela é um louco e que ela foi humilhada e ferida. Quando isso
acontece de fato, recomendo que a esposa procure ajuda da igreja e das
autoridades, mas estamos só fazendo uma ilustração para entendermos o
processo.
O marido desligado, se arrepende, chora, pede perdão, promete mudar e
toca a esposa com carinho. Ele vai buscar ajuda. Conta para o seu
pastor e procura até um médico. Ele se humilha de todas as maneiras que
pode, mas a esposa continua triste, abatida e o olho roxo continua lá.
Por incrível que pareça, ele fica com raiva da mulher. Ele começa a
cobrar dela uma mudança. Quer que a mulher se alegre e que não sinta
mais dor! Essa imagem caricatural serve para mostrar como quem pede
perdão fica logo impaciente quando o outro demora a “voltar ao normal”.
Quem fere, deve não só fazer de tudo para curar o ferimento que
causou, como precisa aprender a esperar a recuperação do outro. Traição é
um pecado que estraçalha um casamento. Quando um dos dois adultera e
pede perdão depois, gera vários “olhos roxos” na alma do outro e precisa
aguardar o tempo certo da recuperação.
Quem é ferido, por sua vez, precisa reconhecer o arrependimento de
seu ofensor. Mesmo que a ofensa seja repetida. Veja o que Jesus falou
Se, contra ti pecar sete vezes ao dia, e por sete vezes vier a ter
contigo, dizendo: ‘Arrependo-me do que fiz’. Perdoa-lhe!” (Lc 17.4)
A fórmula parece louca, mas é o segredo para o casamento funcionar.
Sem perdão, não há solução. Quando a pessoa é ferida, precisa se
predispor a perdoar e, talvez, se proteger. Isso, porque perdoar não
implica em se expor ao perigo novamente, mas a parar de cobrar aquela
dívida. Quem foi ofendido deve perdoar até antecipadamente e quando o
outro lhe pedir o perdão, pode haver a reconciliação.
Porém, por vezes, enquanto se cura, o ferido pode aproveitar a
situação para vingar-se. Não é nada tão visível, mas há um deleite
secreto de ver o outro mendigando o perdão e humilhar a pessoa
arrependida não há de melhorar a dor do ferimento que ele causou. Talvez
o raciocínio errado seja: “se eu perdoar fácil, ele vai fazer
novamente”. Ou ainda: “ele tem que sofrer para ver o que é bom”. Para
entender esse processo, vamos usar outra ilustração.
Imagine que uma desposa descuidada, com preguiça de guardar uma
caneta na casa de uns amigos, colocou o objeto no bolso da calça do
marido sem que ele percebesse. Enquanto ele e seus amigos brincavam de
“lutinha”, caíram um em cima do outro, de modo que a caneta perfurou um
dos testículos do marido. Ele nem sabia que tinha uma caneta do bolso.
Ela não fez aquilo por querer, imagine! Porém, ela foi a causadora
indireta de um acidente.
Depois de pedir perdão e de ajudar o marido a se recuperar, o que
mais ela poderia fazer? Ninguém pode voltar no tempo e desfazer as
burradas que fez! Se esse marido ficar demorando muito para perdoar,
humilhando e resistindo, ele estará pecando contra a esposa e ferindo
quem não precisa ser ferida. Isso pode arruinar um casamento. Usar o
período de perdão para subjugar o outro e fazê-lo sofrer é uma ofensa,
assim como a que o outro causou.
Portanto, quem foi ferido deve facilitar e liberar o perdão tão logo
quanto consiga e quem feriu deve ter paciência de aguardar o outro se
recuperar por: Salomão Santos Amo família
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