Para quem reclama do aumento do número de candidatos religiosos, está bastante claro que a política espelha os anseios de diversos segmentos por Jarbas Aragão
Fonte:https://noticias.gospelprime.com.br/candidaturas-transexuais-aumentam-nestas-eleicoes/
Segundo um levantamento divulgado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) e pelo jornal Folha de São Paulo, os candidatos “trans” passaram de 31 em 2012 para 84 nesta eleição.
Fonte:https://noticias.gospelprime.com.br/candidaturas-transexuais-aumentam-nestas-eleicoes/
/noticias.gospelprime.com.br/files/2016/09/thammy-miranda.jpeg)
Para quem reclama do aumento do número de candidatos religiosos, em especial dos evangélicos, está bastante claro que a política espelha os anseios de diversos segmentos da sociedade, onde cada eleito defenderá as ideias de campanha.
Esse aumento significativo, segundo a professora Luiza Coppieters (PSOL/SP), candidata à Câmara na capital paulista, demonstra que “a sociedade começou a discutir as questões dos transexuais”. Ela ressalta que esses candidatos possuem “demandas bastante específicas”. Afirmando ser contra o “conservadorismo”, estão majoritariamente ligadas a partidos de esquerda.
O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) é o que possui o maior número de transexuais na disputa, são 15 espalhadas pelo país. Eles comemoram o fato de pela primeira vez mulheres trans disputarem um cargo majoritário no país.
Trata-se da baiana Samara Braga, que concorre à prefeitura de Alagoinhas, Bahia (108 km de Salvador) e a paulista Thífany Félix, que deseja ser prefeito de Caraguatatuba (178 km de São Paulo). Não por acaso, Samara é apadrinhada de Jean Wyllys (PSOL), primeiro deputado federal assumidamente gay a defender as bandeiras LGBT no Congresso. Ele nasceu em Alagoinhas.
Thífany Félix já possui experiência eleitoral, tendo sido candidato a vereador pelo PT em Ubatuba e a deputada estadual pelo PSB. Reitera que sua principal luta é pelo reconhecimento da pessoa trans. “A maioria acha que trabalho para transexual é só beira de estrada, fazer programa. Quero mostrar que elas podem ser o que elas quiserem.”
Perfil e bandeiras
Além do PSOL, existem candidaturas trans em outros 25 partidos. A grande maioria está na disputa por vagas como vereador e suas bandeiras declaradas são a luta contra o “preconceito” e a preocupação com questões da saúde dos transexuais.
Somente em São Paulo são 24 candidaturas transexuais na eleição de 2016. O distante segundo lugar é da Bahia, com oito candidatas. Em terceiro, Minas Gerais, com seis e empatados em quarto, estão Rio Grande do Sul e Paraná, com cinco.
Paraíba, Pará e Ceará tem quatro candidaturas cada, enquanto Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul, três. Nos demais Estados, existem pelo menos uma transexual concorrendo. O levantamento só não encontrou candidaturas trans no Espírito Santo e no Mato Grosso.
Thammy Miranda (PP/SP) possivelmente é o nome mais conhecido. Atriz, a filha da cantora Gretchen, já atuou produções pornográficas e novelas da Globo. Entre suas bandeiras de campanha está a defesa da ampliação da área especializada em cirurgia de “transgenitalização” (transformação dos genitais) no Hospital das Clínicas de São Paulo.
Já a candidata a vereadora por Aracaju, Linda Brasil (PSOL/SE) insiste que a educação é sua principal preocupação. Estudante de letras na Universidade Federal de Sergipe, defende que é preciso promover campanhas de conscientização, “de apoio, para que essas meninas não pensem que a rua é sua única saída.”
Um de seus referenciais é o programa Transcidadania, implantado na capital paulista durante a gestão Haddad (PT/SP), que oferece bolsas para travestis e transexuais terminarem o ensino básico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
NÃO DEIXEM DE COMENTAR, SEU COMENTÁRIO É MUITO IMPORTANTE.