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terça-feira, 17 de novembro de 2015

Entenda o islamismo e opine sobre esses terroristas em nome de alá

Fonte:http://www.historiadomundo.com.br/https://www.google.com.br/search?q=islamismo


Parte I  Home / Religiões / Islamismo - História do Islamismo

Uma religião em que os próprios parentes se matam em nome de uma liderança revela que a sua base de crença não é em cima do amor, mas baseada em controle geopolítico  Apocalipse em Evidência


 Por Me. Cláudio Fernandes


Resultado de imagem para maomeApós a morte do profeta Maomé (ou Mohammed), o fundador do Islamismo e autor do livro sagrado Alcorão, houve um processo de disputa para decidir quem deveria sucedê-lo, já que o Islã não consistia apenas em uma religião desconectada do poder político. O Islã, em si mesmo, está estruturado em uma proposta de civilização que articula princípios religiosos e políticos.

Da disputa pelo direito de sucessão legítima do Profeta, duas correntes tornaram-se majoritárias: os xiitas e os sunitas. Tal disputa teve seu início em 632 d.C., quando os califas (sucessores de Maomé), que também eram sogros de Maomé, Abu Bakr e Omar, tentarem organizar a transmissão do poder político e da autoridade religiosa. Essa tentativa logrou êxito até o ano de 644 d.C., quando um integrante da família Omíada, também genro de Maomé, chamado Othmã, tornou-se califa e passou a ter sua autoridade contestada por árabes islamizados que viviam próximos à Medina. Othmã acabou sendo assassinado.

Ao assassinato de Othmã esteve associada a figura de Ali, primo de Maomé que sucederia ao califa assassinado. Os muçulmanos contrários a Ali declararam guerra ao califa e seus simpatizantes. A figura mais proeminente que contestou a autoridade de Ali foi o então responsável pelo poder da Síria, Muhawya. Esse último decidiu apurar o assassinato de Othmã e averiguar a participação de Ali no caso. Isso foi o bastante para que outro grupo muçulmano conspirasse contra Ali, que acabou também assassinado.

Além do livro sagrado do Alcorão, os sunitas também pautam-se pela Suna, livro dos feitos de Maomé, o que acentua sua diferença com os xiitas
Além do livro sagrado do Alcorão, os sunitas também pautam-se pela Suna, livro dos feitos de Maomé, o que acentua sua diferença com os xiitas


Muhawya, então, tornou-se um califa poderoso e transferiu a capital do califado de Medina para Damasco, atual capital da Síria. Seus oponentes, que defendiam a sucessão do califado pela hereditariedade, isto é, pelos descendentes da família de Maomé, ficaram conhecidos como xiitas, um grupo ainda hoje minoritário e que se caracteriza por ser tradicionalista, conservando as antigas interpretações do Alcorão e da Lei Islâmica, a Sharia.

Já os membros do outro grupo, muito maior em número de adeptos ainda hoje, constituindo cerca de 90% da população islâmica, ficaram conhecidos como sunitas, primeiro por divergirem da concepção sucessória dos xiitas e, segundo, por sempre atualizarem suas interpretações do livro sagrado do Alcorão e da Lei Islâmica, levando em consideração as transformações pelas quais o mundo passou e valendo-se de outra fonte além das citadas, a Suna — livro onde estão compilados os grandes feitos e exemplos do profeta Maomé. Daí deriva o nome sunita.

Segundo dados estatísticos, o Islamismo é a religião que mais rapidamente ganha adeptos na atualidade. A origem do Islamismo é remontada ao século VII d. C. com as revelações de Alá ao profeta Maomé. A religião reconhece Alá como seu único deus, assim como reconhece em Maomé o legítimo profeta de seu deus. Os textos sagrados islâmicos são: o Alcorão, obra que contém as revelações de Alá a Maomé; o Hadith, contendo os pensamentos e as ações de Maomé; o Sunnah, conjunto de regras de conduta a ser seguido pelos islâmicos.

Duas vertentes são reconhecidas no Islamismo: os sunitas (o maior e mais ortodoxo grupo islâmico, constituindo maioria religiosa em países como o Iêmen e a Arábia Saudita, entre muitos outros) reconhecem a sucessão de Maomé por Abu Bakr e pelos três califas que o seguiram; os xiitas reconhecem a sucessão de Maomé por Ali, seu sobrinho. Os símbolos mais importantes para os islâmicos são a família e a mesquita, os elementos centrais da vida dos seguidores do Islamismo.

Resultado de imagem para islamismoAs práticas religiosas são fundamentais, como por exemplo as cinco preces diárias a Alá; há também o dever para com os necessitados de se oferecer uma parte dos bens; durante a data do Ramadan, entre o amanhecer e o entardecer, há a obrigação do jejum; todos os seguidores da religião, pelo menos uma vez em sua vida, devem realizar a peregrinação à cidade de Meca, simbolizando a própria peregrinação de Maomé à esta cidade.



Parte II  Home / Idade Contemporânea / História da Irmandade Muçulmana  


O fundamentalismo islâmico, ou radicalismo islâmico, tem suas raízes na chamada “Irmandade Muçulmana” (Al Ikhwan Al Muslimun), organização fundada por Hassan Al-Banna no Egito, em 1929. Nos últimos anos, o nome da Irmandade Muçulmana tem sido ventilado em diversos órgãos da imprensa por conta de acontecimentos como a Primavera Árabe e a Guerra Civil na Síria. A defesa da Sharia (Lei Islâmica) e a interpretação extremista da Jihad, Guerra Santa para o Islã, são características fundamentais da Irmandade Muçulmana.
A organização de Al-Banna surgiu após a queda do Império Turco Otomano, em 1924, organização política que dava unidade aos árabes muçulmanos. Al-Banna era um professor egípcio que denunciava a situação na qual a comunidade islâmica se encontrava no início do século XX, que, para ele, poderia abandonar seus valores e sua conduta após a queda do Império Turco Otomano. Pretendia então operar uma reforma moral e espiritual no oriente médio e no norte da África, revisitando o Alcorão e interpretando radicalmente os princípios corânicos.
Na década de 1940, a Irmandade Muçulmana contava com mais de 500 mil membros. Uma das características deste período foi a luta contra a presença de influência estrangeira europeia no Egito e o projeto de construção de um califado (estado isâmico inspirado nos primeiros herdeiros de Maomé), que unificasse as nações árabes. Em 1948, a Irmandade Muçulmana participou na guerra contra Israel. Entretanto, neste mesmo ano tentou um golpe de estado contra a monarquia egípcia, que foi rechaçado pelas forças do governo. Os “irmãos muçulmanos” retaliaram, assassinando o primeiro ministro, Pasha. A partir de então, o governo egípcio passou a perseguir os líderes da Irmandade Muçulmana e assassinou Al-Banna no dia 12 de fevereiro de 1949.
Após o assassinato de seu fundador, um novo líder despontou na Irmandade Muçulmana, Sayyid Qutb, ainda mais radical que Al-Banna. Qutb havia morado nos Estados Unidos e na Europa e conhecia o modo de vida ocidental. Seu ódio pelo ocidente se desenvolveu sobretudo após o apoio que países democráticos, como os EUA, deram à criação do estado judaico na Palestina. Entrou na Irmandade Muçulmana com o objetivo de pôr em prática suas ideias, desenvolvidas principalmente nos livros “Os Marcos” e “Nossa luta contra os judeus”.
Resultado de imagem para islamismoO conceito fundamental desenvolvido por Qutb foi jahilya, que significa ignorância, ou revolta. Revolta por parte dos povos ocidentais que, segundo Qutb, haviam pervertido os valores e a moral advindas da religião. O radicalismo islâmico nasceu dessa compreensão que Qutb desenvolveu. As liberdades e direitos, segundo esse ideólogo, vem de Deus (Allah) e estão contidos no Alcorão, de onde é interpretada a Sharia, conjunto de leis expressamente antidemocráticas. Outra caraterística da Irmandade Muçulmana é o pan-islamismo, que pressupõe a Jihad islâmica, isto é, a “guerra santa” contra o tipo de comportamento que não leve em conta a tradição islâmica e os preceitos do Alcorão.
Atualmente, a Irmandade Muçulmana atua em países como Egito, Síria, Arábia Saudita, Jordânia, Líbano, Paquistão dentre outros. O grupo terrorista radical palestino Hamas e a Al-Qaeda, responsável pelos atentados de 11 de setembro, bem como o Estado Islâmico, que atua entre o Iraque e a Síria, têm sua fundamentação ideológica nas ideias de Sayyid Qutb e apoio de grande parte dos membros da Irmandade Muçulmana.
* Créditos da imagem:

Parte III   Home / Idade Contemporânea / Islamismo Religião ou Política? 

Resultado de imagem para islamismoQuando se fala na questão árabe-israelense, o que vem a mente é de que o motivo principal dos conflitos é a diferença religiosa entre eles. Muçulmanos contra judeus. Mas, na verdade as diferenças religiosas não é a causa dos problemas: estes residem em questões de fundo econômico e político. O nascimento de Israel se deve a decisões da Organização das Nações Unidas, sob influência, especialmente, dos ingleses que ocuparam a região até o final da Segunda Guerra.

É um país pró-ocidental que nasceu no momento de retomada da soberania, privada aos árabes por muitas décadas. Além do mais, o reconhecimento de Israel como Estado soberano implicava expatriação dos palestinos. Dessa forma os judeus passavam a ter o seu Estado Nacional, enquanto aos palestinos restava vagar pelos países vizinhos, gerando problemas de aceitação. Após a Guerra dos Seis Dias, onde Israel, com o auxilio do material bélico ocidental, ocupou novos territórios árabes, em especial a região prevista pela ONU para a criação do Estado palestino, inúmeros protestos foram feitos àquela entidade o que provocou uma decisão que obrigava Israel a abandonar a zona ocupada.

Há, aproximadamente, duas décadas, Israel vem alegando questão de segurança, se escudando do território de organizações palestinas, desrespeitando a decisão da ONU. Além disso, nos últimos anos Israel vem ampliando, o processo de formação de colônias judaicas nos territórios palestinos. Dessa forma fica claro que o interesse israelense e árabe não é religioso, mas sim político e econômico, tendo em vista que todo o conflito gira em torno da ocupação da Terra Santa.


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